Skip to Content

Payback: o que é e como calcular?

mulher fazendo cálculos segurando uma caneta e uma calculadora

Saiba o que é payback, um indicador financeiro que caracteriza o tempo de retorno de um investimento - em outras palavras: o tempo que levou para você lucrar com tal aplicação.

Menos recorrente do que outras siglas, como ROI e CAC, nos materiais e relatórios de vendas, o payback é um indicador que mensura quanto tempo você vai recuperar um valor investido em determinado projeto, negócio ou aplicação. Aliás, também podemos dizer que o payback mostra o tempo que o seu investimento vai levar para trazer retorno, que pode ser traduzido em lucros. 

Antes que você imagine que o payback só pode ser usado na área de relatoria de produtos vendidos, saiba que inúmeras decisões (como decidir abrir um negócio, proceder com uma fusão de empresas ou investir em ações) podem usar a métrica para embasar suas aplicações. 

Desse modo, podemos encarar o payback como um prazo específico para o retorno do projeto, que ajuda o empreendedor a decidir se vale a pena e se há caixa suficiente para esperar.

Neste artigo, você vai aprender a calcular o payback antes de aplicar seu dinheiro. Abaixo, você confere o índice completo dos tópicos que vamos abordar:

LEIA MAIS: As 8 métricas que o seu painel de vendas tem que ter

Qual é o conceito de payback?

O payback é um indicador financeiro que representa o tempo de retorno de um investimento, como falamos acima. Em tradução livre do inglês, o termo significa “retorno” e é usado para medir quanto tempo leva para recuperar o dinheiro investido em um determinado projeto ou aplicação.

Portanto, o payback se tornou um dos principais parâmetros a serem considerados na avaliação de um investimento da empresa. Isso vale para quase tudo: parâmetros de avaliação da criação de um novo produto, aquisição de empresas menores, fusão entre grupos, estratégias de venda e muito mais. 

Por meio do cálculo, é possível identificar qual é o período necessário para que o lucro acumulado se iguale ao investimento inicial. Dessa forma, o resultado é demonstrado em unidades de tempo, seja em dias, meses ou anos. Sendo assim, quando ouvimos alguém dizer que seu investimento se pagou em 6 meses, significa que esse foi o resultado do payback.

Por isso, é fundamental calcular esse KPI (indicador-chave de desempenho) antes de investir em qualquer projeto para alocar os recursos do negócio de maneira mais produtiva e vantajosa.

8ª Edição do relatório State of Marketing

Entenda como mais de 6.000 profissionais de marketing no mundo estão integrando suas estratégias para melhorar a experiência do cliente.


LEIA MAIS: KPIs de Vendas: como definir e monitorar

Para que serve o payback?

Já deu para perceber que o payback é usado principalmente por empreendedores e investidores, né? Ambos utilizam o indicador para analisar a viabilidade de um investimento de acordo com seu prazo de retorno, mas com intuitos diferentes.

O empresário (e até gestores) quer saber em quanto tempo conseguirá recuperar o dinheiro investido em um novo equipamento, implementação de uma tecnologia ou abertura de uma nova filial, por exemplo. Assim, ele consegue avaliar se vale a pena esperar pelo retorno e seguir com o projeto ou se vai demorar muito para recuperar o custo, a ponto de comprometer seu caixa.

Já o investidor quer saber em quanto tempo a empresa vai dar o retorno esperado a partir da aplicação, para analisar se compensa injetar dinheiro nesse negócio ou se é melhor procurar outro com um payback mais rápido.

Payback e fluxo de caixa

Antes de aprender a calcular o payback, é importante saber que esse indicador está diretamente relacionado ao fluxo de caixa da empresa. Basta pensar que, para calcular o tempo necessário para a recuperação de um investimento, você precisa saber quanto ele vai gerar mensalmente em receita (seja pela geração de caixa ou redução de custos) no seu negócio.

Por isso, o cálculo só vai funcionar se você conseguir fazer uma projeção de caixa precisa, considerando as receitas e despesas relacionadas ao investimento nos próximos meses. Além disso, é essencial estar com a gestão financeira em dia, pois o cálculo do payback pode mudar ao longo do tempo, caso suas previsões de faturamento ou economia não se confirmem.

LEIA MAIS: KPIs de Marketing Digital: como definir e monitorar

Vantagens e desvantagens em metrificar o payback

Já deu para ver que uma equipe de vendas é construída por diversos profissionais, que realizam inúmeras funções diferentes. E é justamente a atuação de cada um desses colaboradores que impacta todo o processo da empresa – afinal, são os vendedores que fazem o primeiro contato com o cliente, e isso pode definir toda a relação que a organização terá com o consumidor.

Por isso, é de extrema importância que a equipe de vendas trabalhe de forma alinhada internamente e também com as demais equipes, principalmente com os colegas do Marketing e do Atendimento ao Cliente. Eliminar gargalos e evitar ruídos de comunicação é o segredo para manter um alinhamento adequado. 

Outro ponto relevante é o processo, que também precisa estar bem estabelecido e otimizado, fazendo com que tudo funcione de uma ponta à outra. Logo, toda a equipe trabalha por um objetivo em comum, suas metas são pautadas nesse objetivo.

Da mesma forma que ocorre com outros indicadores de desempenho, o payback também tem suas vantagens e desvantagens. 

Primeiro, conheça os benefícios:

  • Mostra o tempo que um investimento levará para trazer retorno;
  • Cálculo fácil, bastando o uso de uma fórmula descomplicada, principalmente no caso do payback simples;
  • Permite entender a viabilidade de um negócio ou projeto, auxiliando na tomada de decisão;

Já entre as desvantagens, estão:

  • É mais recomendado para projetos de curto prazo;
  • É pouco compatível com negócios de grande porte ou com projetos complexos;
  • Não leva em consideração rendimentos que ocorrem depois de o investimento inicial ter sido recuperado

LEIA MAIS: Ticket Médio: o que é e por que é importante para a empresa?

Como calcular o payback?

Há dois tipos de payback: o simples e o descontado. A seguir, entenda as diferenças e entenda como calcular cada um.

Payback simples 

O payback simples é fácil de entender, mas limitado, pois não considera variáveis que podem impactar o dinheiro com o passar do tempo. Para calculá-lo, basta pegar o valor de um investimento e dividi-lo pelo fluxo de caixa médio do período que se deseja analisar:

Payback simples = Investimento inicial / Saldo médio do fluxo de caixa no período

Para exemplificar, vamos pensar em uma empresa que adquiriu uma nova máquina, no valor de R$ 48 mil. A previsão é que o equipamento traga R$ 4 mil mensais em receita, já sem os custos de manutenção e depreciação, considerando novos produtos que serão produzidos por conta da aquisição. 

Para saber em quanto tempo o investimento vai se pagar, é só aplicar os valores à fórmula:

Payback simples = 48.000 / 4.000

Payback simples = 12

Ou seja, a empresa vai levar 12 meses, ou um ano, para recuperar o investimento feito no equipamento.

  • Atenção! Se a operação for feita usando ganhos mensais, o resultado será em meses. Se for feita com base em ganhos anuais, será em anos.

O problema é que, na realidade, os rendimentos não são fixos e lineares. É preciso ainda levar em conta a desvalorização do dinheiro com o passar do tempo. Por isso, para quem deseja considerar essas variáveis, é possível usar o payback descontado.

Payback descontado

Enquanto o payback simples não considera o valor do dinheiro no tempo, o payback descontado adiciona uma taxa de desconto aos lucros, trazendo um cenário mais real para o investidor. Por existirem os descontos, o prazo para recuperar o investimento será superior ao do payback simples.

Para calculá-lo, é importante conhecer dois novos conceitos:

  • Taxa mínima de atratividade (TMA): usada como parâmetro para definir a rentabilidade mínima que se espera obter com o investimento. É definida por quem faz o cálculo, normalmente usando como base a taxa SELIC.
  • Valor presente líquido (VPL): consiste no valor do fluxo de caixa atual, calculado a partir de valores futuros, já com o desconto da TMA.

Antes de calcular o payback descontado, é necessário usar a fórmula para descobrir o VPL:

VPL = Fluxo de caixa (FC) / (1 + TMA)¹

O valor obtido aqui deve ser aplicado à fórmula do payback descontado, que é a seguinte:

Payback descontado = investimento inicial / VPL

LEIA MAIS: Ciclo de vida do produto: o que é e como funciona?

Qual o payback ideal para um investimento?

Vale dizer que não existe um prazo de retorno ideal para um empreendimento. Mas é preciso manter o fluxo de caixa sob controle. O que existe sim um limite de aporte de capital por parte do empreendedor, que dependerá exclusivamente das possibilidades financeiras dele, ou de um investidor, que poderá ser um sócio, ou outra pessoa ou instituição que acredita no potencial da futura empresa.

Enquanto a empresa não conseguir obter um saldo suficiente para cobrir as despesas, ou se este valor for muito pequeno, o empreendedor terá que realizar constantes subsídios financeiros, o que poderá esgotar as  reservas financeiras ao longo do tempo, afetando não somente o negócio, como também a vida pessoal do empreendedor.

LEIA MAIS: ROAS: o que é, como calcular + dicas para melhorá-lo

Quando o payback é negativo?

Se, nos primeiros meses, o saldo do seu fluxo de caixa ficar negativo, não entre em desespero. Isso é normal. Com os resultados positivos dos meses seguintes, o saldo se torna positivo, e quando isso ocorrer significa que o tempo que o cálculo do payback mostrou foi alcançado.

Lembre-se que a lógica do payback é simples: quanto maior for o tempo de recuperação do investimento feito, maior é o risco e a possibilidade de prejuízo envolvida. Logo, por outro lado, quanto menor for o payback, menor é o risco e maior é a atratividade do investimento.

LEIA MAIS: Como atrair clientes: 10 dicas infalíveis

Qual a diferença entre payback e ROI?

O ROI permite saber quanto de um investimento foi convertido em lucro. Geralmente, a métrica é utilizada para medir o retorno de ações, principalmente na esfera do marketing digital. Enquanto isso, o payback foca em mostrar em quanto tempo o investimento feito dará retorno. 

Sim, os conceitos são parecidos, mas a principal diferença é que o ROI permite saber o retorno trazido pelos investimentos depois que eles já foram feitos, enquanto o payback é uma previsão futura. Além disso, como os indicadores possuem finalidades distintas, ambos podem ser utilizados, dependendo da sua necessidade no momento.

Por fim, é importante lembrar que o cálculo do payback é mais fácil quando a empresa conta com ferramentas que ajudam a controlar o fluxo de caixa. Plataformas como um CRM são bastante úteis, possibilitando que a empresa tenha os dados que precisa sempre à mão para fazer essa conta.

LEIA MAIS: CRM: Principais Benefícios e Melhorias

Payback x Fluxo de Caixa

O cálculo do payback e o fluxo de caixa da empresa estão bastante relacionados. O fluxo de caixa consiste na movimentação entre as entradas e saídas de dinheiro da empresa. Para descobrir qual é o período necessário para recuperar um investimento, é preciso entender o quanto ele vai gerar todos os meses em termos de receita. 

Caso a empresa não mensure as receitas e despesas todos os meses, de maneira precisa, o cálculo do payback não será confiável. Muitas vezes, por exemplo, a previsão financeira não acontece de fato. Nesses casos, os valores que não entraram em caixa precisam ser subtraídos.

Para o cálculo funcionar, é necessário fazer uma boa projeção de caixa, levando em conta as receitas e despesas que tenham relação com o investimento que se deseja mensurar. Além disso, a gestão financeira do negócio deve estar em dia.

LEIA MAIS: Golden Circle: como fazer e exemplos

Perguntas frequentes sobre Payback

Como faço para calcular o payback com mais precisão? 

Para isso, é preciso considerar algumas variáveis, como inventário, período contemplado, atualização periódica de fluxo de caixa, forecast de vendas ou projeção de receita realista, além de mensuração constante de resultados. 

Primeiro, faça um levantamento minucioso das receitas e despesas da empresa, envolvendo planos de investimento e expansão, tempo atual e futuro, e organize por categoria: operacional, não operacional, investimento. Depois, defina um período para o cálculo de payback conforme o perfil de sua empresa (6 meses, 12 meses, 3 anos).

Em seguida, atualize periodicamente o fluxo de caixa, contemplando novos horizontes, adicionando ou eliminando receitas e despesas e fazendo uma revisão de seu plano de negócios e de seu orçamento. Assim, no momento de efetuar projeções para o cálculo do payback, considere a possibilidade de perdas, principalmente no que se refere à inadimplência ou atrasos de alguns clientes (considere um percentual de perdas sobre as receitas).

Por fim, acompanhe sempre a movimentação de seu fluxo de caixa, estando apto a fazer previsões, identificar oportunidades e riscos e considerar todos esses fatores na hora de calcular o retorno financeiro de algum projeto.

O que são projetos líquidos e como isso afeta meu payback? 

Liquidez é um conceito fundamental no mercado financeiro, que se refere à facilidade com que um ativo pode ser convertido em dinheiro. Sendo assim, para as empresas, a liquidez é uma medida importante da saúde financeira e pode afetar sua capacidade de obter financiamento. 

Alguns ativos são considerados mais líquidos do que outros. Por exemplo, ações negociadas em bolsa de valores são consideradas mais líquidas do que ativos como imóveis ou obras de arte.

Geralmente, projetos considerados de payback simples costumam ser mais líquidos do que e menos arriscados do que projetos que precisam utilizar payback descontado. 

Como manter o controle de todas as informações que preciso para calcular o payback? 

Não é tarefa simples ficar de olho em todos os dados necessários para realizar um cálculo correto – ainda mais se você utiliza planilhas de controle que exigem preenchimento manual. Corremos o risco de dizer que, somente para atualizar o monitoramento de dados, seriam necessárias algumas boas semanas…

Porém, com softwares inteligentes, como um CRM, por exemplo, é possível coletar dados em tempo real e atualizá-los rapidamente, de maneira automatizada. Além disso, também é possível gerar relatórios padrão ou personalizados, facilitando (muito!) o cálculo do payback e a chegada a um resultado sólido, que se traduza na prática. 

LEIA MAIS: Exemplos de CRM: Como Empresas Usam o CRM 

Gostou de saber mais sobre Payback?

Nosso blog e Centro de Recursos estão sempre atualizados com novidades e conteúdos sobre CRM e vendas. Abaixo sugerimos outras leituras que podem ser úteis a você:

Aproveite para conferir todas as funcionalidades do Sales Cloud e entender como nosso CRM transforma sua rotina de vendas. Bom trabalho e até a próxima!

Marketing Intelligence Report

Vá mais fundo em todas as tendências e insights que moldam o cenário do marketing digital.